Muita gente acha que roncar é algo normal, mas os especialistas alertam: o ronco frequente e alto pode ser o principal sintoma de uma condição que precisa de atenção médica.
O que é a apneia do sono?
A apneia do sono é um distúrbio respiratório caracterizado por paradas momentâneas da respiração durante o sono.
Essas pausas podem durar segundos ou até minutos, e ocorrem várias vezes por noite, sem que a pessoa perceba.
O resultado? Sono de má qualidade, cansaço constante durante o dia e um risco elevado de desenvolver outros problemas de saúde.
Quais são os principais sintomas da apneia do sono?
- Ronco alto e frequente
- Paradas respiratórias percebidas por outra pessoa
- Despertar com sensação de sufocamento ou falta de ar
- Sonolência excessiva durante o dia
- Dificuldade de concentração e memória
- Dor de cabeça ao acordar
- Irritabilidade e mudanças de humor
Nem sempre quem sofre de apneia sabe que tem o problema. Em muitos casos, é o parceiro de cama quem percebe os sinais durante a noite.
Quais são os riscos do ronco e da apneia do sono?

O ronco, quando está ligado à apneia do sono, pode causar uma série de complicações sérias se não for tratado. Veja os principais riscos:
1. Doenças cardíacas
A apneia está diretamente ligada ao aumento do risco de hipertensão, infarto e arritmias cardíacas. Isso acontece porque as pausas respiratórias forçam o coração a trabalhar mais durante a noite.
2. AVC (acidente vascular cerebral)
A oxigenação irregular do cérebro durante o sono aumenta o risco de AVC. Estudos mostram que pessoas com apneia têm mais chances de sofrer derrames silenciosos e danos neurológicos.
3. Diabetes tipo 2
A apneia está associada à resistência à insulina, favorecendo o desenvolvimento do diabetes tipo 2, mesmo em pessoas que não são obesas.
4. Depressão e ansiedade
Quem dorme mal por causa da apneia do sono tende a ter alterações de humor, cansaço extremo e dificuldade para lidar com o estresse do dia a dia, o que pode desencadear quadros depressivos.
5. Baixo rendimento no trabalho e nos estudos
A falta de um sono profundo e restaurador afeta diretamente a concentração, a memória e o desempenho mental, comprometendo a produtividade e o aprendizado.
6. Risco aumentado de acidentes
A sonolência diurna causada pela apneia pode provocar acidentes graves no trânsito ou no ambiente de trabalho, colocando em risco a vida da própria pessoa e de terceiros.
Quais são as causas mais comuns da apneia?
As causas da apneia podem variar, mas os principais fatores de risco incluem:
- Sobrepeso e obesidade
- Idade acima dos 40 anos
- Pescoço largo ou excesso de gordura na região cervical
- Amígdalas aumentadas
- Uso de sedativos ou álcool antes de dormir
- Tabagismo
- Predisposição genética
Como saber se tenho apneia do sono?
O diagnóstico da apneia é feito por meio de um exame chamado polissonografia, que analisa o sono durante a noite em um laboratório especializado.
Esse exame registra a respiração, os batimentos cardíacos, os movimentos corporais e a oxigenação do sangue enquanto a pessoa dorme.
O que fazer em caso de ronco e suspeita de apneia?
Se você ronca alto ou apresenta sintomas como sonolência extrema durante o dia, procure um médico otorrinolaringologista ou um especialista em sono.
Em muitos casos, mudanças de hábitos já ajudam bastante:
- Perder peso
- Evitar álcool e calmantes antes de dormir
- Dormir de lado, evitando dormir de barriga para cima
- Parar de fumar
- Praticar exercícios físicos
Em casos mais graves, pode ser necessário o uso de aparelhos como o CPAP, que mantém as vias respiratórias abertas durante o sono.
Conclusão
O ronco constante não deve ser ignorado. Ele pode ser o primeiro sinal de que algo mais sério está acontecendo.
A apneia do sono é um distúrbio perigoso, silencioso e progressivo, mas com diagnóstico e tratamento corretos, é possível recuperar a qualidade de vida e proteger sua saúde a longo prazo.
Se você reconhece esses sinais em você ou em alguém próximo, busque ajuda. Dormir bem não é luxo — é uma necessidade vital para o corpo e a mente.