A secreção vaginal é formada por bactérias mortas e produtos da degradação do meio vaginal e natural durante toda a vida da mulher.
Suas características, inclusive, mudam de acordo com cada semana.
No entanto, alguns aspectos podem indicar que a saúde da vagina não está em dia. As causas do problema, para a nossa surpresa, podem ser muito mais comum do que imaginamos.
De acordo com a ginecologista e obstetra Flávia Fairbanks, determinadas doenças podem ter como sintoma o corrimento, mas alguns hábitos também influenciá-lo.
É natural que a vagina libere secreções – em menor quantidade pós menstruação, parecendo uma clara de ovo durante a ovulação e mais grumadinha antes da próxima menstruação.
No entanto, quando o material passa a ter cores estranhas – amarelo demais ou verde – e cheiro forte acompanhados de incômodos na hora do xixi ou da relação, é hora de ficar atenta e buscar a solução
Segundo a ginecologista é necessário procurar um médico especialista para analisar todos os sintomas.
Mas, ela alerta para hábitos comuns que também podem causar o problema.
Descubra quais são eles e fique atenta.
Causas do corrimento
Antibiótico, sêmen e estresse podem intensificar corrimento
Antibióticos
“Remédios receitados para sinusites ou infecções urinarias, geralmente, quando usados por muito tempo diminuem o número da lactobacilos da vagina e, por isso, aumentam a predisposição para o corrimento”, explica.
De acordo com a médica, os lactobacilos pertencem ao principal grupo de bactérias responsável por controlar a saúde da região.
Relação sexual
“O sêmen, quando entra em contato com a vagina, altera seu ph deixando o ambiente mais alcalino.
Se a mulher já estiver com a flora em desequilíbrio, essa mudança pode estimular o corrimento”, alerta Flávia.
Em casos onde a alergia ao sêmen é recorrente, o casal passa por uma investigação médica e, caso seja necessário, é submetido a tratamentos específicos, além de passarem a usar camisinha por um período para evitar o contato do sêmen com a secreção vaginal.
Estresse
“Quando uma pessoa esta submetida a muito estresse, toda a sua produção hormonal é alterada.
A liberação de grande quantidade de cortisol atrapalha a conversão do glicogênio em ácido latico e, consequentemente, deixa o ambiente mais ácido, podendo também gerar corrimento”, explica a ginecologista.
Tratamento para corrimento
Flávia, no entanto, alerta que embora as causas possam ser simples e habituais, é necessário sempre buscar auxílio médico e realizar os exames ginecológicos de rotina.
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