O hipotireoidismo é uma condição em que a glândula tireoide produz menos hormônios do que o corpo precisa.
Esse desequilíbrio hormonal pode afetar o metabolismo, a energia, o humor e vários órgãos.
Muitas vezes, os sintomas surgem de forma lenta e passam despercebidos. Conhecer os sinais é essencial para buscar diagnóstico e tratamento.
O que é o hipotireoidismo?
A tireoide é uma pequena glândula em formato de borboleta localizada na parte frontal do pescoço.
Ela produz dois hormônios principais: T3 e T4, responsáveis por regular funções importantes do organismo, como batimentos cardíacos, temperatura corporal, digestão, humor e gasto de energia.
Quando esses hormônios estão baixos, tudo no corpo funciona de forma mais lenta.
O diagnóstico geralmente é feito por meio de exames de sangue, avaliando principalmente o TSH e o T4.
Quando o TSH está alto e o T4 está baixo, o hipotireoidismo é o principal suspeito.
Causas mais comuns
- Doença de Hashimoto: condição autoimune que destrói as células da tireoide.
- Tratamento para hipertireoidismo: pessoas que fizeram cirurgia ou usaram iodo radioativo podem desenvolver hipotireoidismo.
- Falta de iodo: nutriente essencial para a produção dos hormônios tireoidianos.
- Pós-parto: algumas mulheres desenvolvem alterações temporárias ou permanentes na tireoide após a gravidez.
- Medicamentos: como lítio e amiodarona podem afetar o funcionamento da glândula.
- Problemas na hipófise: quando o cérebro não estimula a tireoide corretamente.
Os 10 sintomas mais comuns do hipotireoidismo
Os sinais podem variar de pessoa para pessoa. Em algumas situações são discretos; em outras, bastante intensos. Veja os mais frequentes:
Cansaço constante e falta de energia: mesmo depois de dormir bem, a pessoa sente fraqueza e dificuldade para realizar tarefas simples.
Isso acontece porque o corpo produz menos energia.
Ganho de peso sem explicação: o metabolismo fica mais lento, gastando menos calorias. Pode haver retenção de líquidos e aumento de apetite.
Intestino preso e digestão lenta: as funções intestinais diminuem, causando constipação, gases e sensação de barriga estufada.
Pele seca e ressecada: a renovação da pele fica prejudicada, gerando coceira, descamação e aparência opaca, principalmente em mãos, cotovelos e pernas.
Queda de cabelo e unhas frágeis: os fios podem afinar, cair em excesso ou perder brilho. As unhas ficam quebradiças e descamam com facilidade.
Frio excessivo: mesmo em dias quentes, a pessoa pode sentir frio, porque o corpo produz menos calor.
Alterações de humor e depressão: falta de hormônios afeta neurotransmissores do cérebro. Pode surgir tristeza, desânimo, irritabilidade e ansiedade.
Problemas de memória e concentração: muitas pessoas descrevem como “mente lenta”, esquecimentos e dificuldade para aprender.
Irregularidade menstrual: fluxo intenso, ciclos longos ou ausência de menstruação podem ser sinais hormonais relacionados à tireoide.
Dores musculares e articulares: sensação de rigidez, câimbras e dor nas pernas, ombros e costas.
Como é feito o diagnóstico?
O especialista responsável é o endocrinologista. O exame mais usado é o de sangue, que mede TSH, T4 e, quando necessário, anticorpos da tireoide.
Em alguns casos, o médico pede ultrassom para avaliar o tamanho e a estrutura da glândula.
Tratamento e qualidade de vida
O tratamento é simples e geralmente inclui o uso diário de levotiroxina, um hormônio sintético que substitui o que a tireoide não produz.
A dose é ajustada conforme os exames e sintomas. Quando tratado corretamente, a pessoa pode levar uma vida normal, com energia e bem-estar.
Quando procurar um médico?
Se você reconhece vários dos sintomas acima, procure ajuda profissional. Quanto antes o hipotireoidismo é diagnosticado, menores são os riscos de complicações, como colesterol alto, infertilidade e problemas cardíacos.




